quinta-feira, 31 de março de 2011

Testemunho do Livro de Mórmon - Élder Russell M. Nelson, Quórum dos Doze Apóstolos

Élder Russell M. Nelson
Pouco depois de eu ter sido chamado para servir como um dos Doze Apóstolos, fui convocado ao escritório do Presidente de nosso Quórum, o Presidente Ezra Taft Benson. Ele expressou sua profunda preocupação com o fato de os membros da Igreja não estarem dando o devido valor ao Livro de Mórmon. Com a voz embargada de emoção, ele leu para mim um trecho da seção 84 de Doutrina e Convênios.

"E em tempos passados, vossa mente escureceu-se por causa da descrença e porque tratastes com leviandade as coisas que recebestes­
Vaidade e descrença essas que levaram toda a igreja à condenação".1
A essa altura, o Presidente Benson tinha conseguido captar toda a minha atenção. Ele concluiu com esta admoestação:

"E eles permanecerão sob essa condenação até que se arrependam e se lembrem do novo convênio, sim, o Livro de Mórmon. ( . . . )"2

Nunca esquecerei aquela lição. Desde aquela época, o Presidente Howard W. Hunter, o Presidente Gordon B. Hinckley e muitos outros líderes da Igreja continuaram a louvar o Livro de Mórmon para as pessoas de todo o mundo.
Gostaria de acrescentar meu testemunho da divindade desse livro. Eu o li muitas vezes. Também li muito do que foi escrito a respeito dele. Alguns autores concentraram-se em suas histórias, seu povo ou suas descrições históricas. Outros interessaram-se pela estrutura de sua linguagem ou pela descrição de suas armas, geografia, vida animal, técnicas de construção ou sistemas de pesos e medidas.
Por mais interessantes que sejam tais assuntos, o estudo do Livro de Mórmon é mais recompensador quando enfocamos seu principal propósito: Prestar testemunho de Jesus Cristo. Comparados a isso, todos os demais são superficiais.
Ao ler o Livro de Mórmon, concentrem-se na figura principal do livro, desde o primeiro capítulo até o último: O Senhor Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo.3 Procurem também este tema secundário: Deus cumprirá os convênios que fez com os remanescentes da casa de Israel.4
O Livro de Mórmon é uma peça chave desse convênio.5 Ele é uma santa escritura que inclui escritos sagrados tirados das placas pequenas e grandes de Néfi, das placas de Mórmon, das placas de Éter e das placas de latão que continham "os cinco livros de Moisés, ( . . . ) um registro dos judeus, ( . . . ) [e] profecias dos santos profetas."6
Quando Mórmon compilou esses registros, percebeu que não poderia escrever "nem a centésima parte" das coisas que aconteceram.7 Por esse motivo, os aspectos históricos do livro ficaram relegados a segundo plano.
A Santa Bíblia tem 66 livros; o Livro de Mórmon contém 15. Seu Primeiro Livro de Néfi, escrito aproximadamente seis séculos antes do nascimento de Cristo, relata que o profeta Leí8 recebeu uma visão da árvore da vida.9 Seu filho Néfi orou para saber o significado. Em resposta, recebeu uma notável visão. Ele viu uma virgem carregando uma Criança no colo. Ele viu o Redentor do mundo, Seu ministério terreno e Sua Crucificação. Ele viu doze outros que seguiam o Santo. E previu a oposição futura ao trabalho de Deus e Seus Apóstolos.10
Outros grandes profetas do Livro de Mórmon, de sua própria maneira e a seu próprio tempo, prestaram testemunho da divindade do Senhor Jesus Cristo. Entre eles estavam o irmão de Jarede,11 Zenoque, Neum e Zenos.12 Testemunhos de Jesus Cristo anteriores a Seu nascimento em Belém também foram registrados pelo rei Benjamim, Abinádi, Alma, o pai, Alma, o filho, Amuleque, os filhos de Mosias, o Capitão Morôni, os irmãos Leí e Néfi, e Samuel, o Lamanita.13 Em uma seqüência aparentemente interminável de proclamações proféticas -- o testemunho de "todos os santos profetas"14 por "muitos milhares de anos antes de sua vinda"15 -- o Livro de Mórmon declara solenemente que Jesus é o Cristo, o nosso Salvador e Redentor.


AUTORES
A maioria dos livros encontrados nas bibliotecas do mundo foram escritos para leitores contemporâneos. E geralmente foram escritos para que seus autores tivessem lucro, recebendo o pagamento de direitos autorais como resultado de vendas bem-sucedidas.
O mesmo não se dá em relação ao Livro de Mórmon. Ele foi escrito há muito tempo para a nossa época. Ele revela o eterno poder e autoridade de Jesus Cristo nos relatos de duas antigas dispensações americanas16, que foram preservados para benefício de todos os que vivemos nesta que é a dispensação da plenitude dos tempos. Certamente nenhum dos que o escreveram recebeu pagamento por direitos autorais. Na verdade, eles tiveram de pagar um alto preço pelo privilégio de participar. O que os motivou? Sua devoção a Deus! Os quatro principais escritores -- Néfi, Jacó, Mórmon e Morôni17 -- foram todos testemunhas oculares do Senhor, bem como seu tradutor, o Profeta Joseph Smith, que morreu como mártir.



CONTEÚDO
Seus escritos centralizam-se no Senhor, Sua missão e Seu ministério. Jacó, por exemplo, refere-se repetidas vezes à Expiação e à Ressurreição de Cristo. "Amados irmãos", escreveu Jacó, "reconciliai-vos com ele pela expiação de Cristo, seu Filho Unigênito; e podereis obter a ressurreição ( . . . ) e serdes apresentados como as primícias de Cristo a Deus ( . . . )
E agora, ( . . . ) por que não falar, pois, da expiação de Cristo e conseguir um perfeito conhecimento dele, assim como um conhecimento da ressurreição e do mundo futuro?"18
O conselho de Jacó é inestimável e sempre válido.
O Salvador declarou que o Livro de Mórmon continha "a plenitude do [Seu] evangelho eterno".19 Como Ele definiu o evangelho? O Senhor ressuscitado ensinou: "( . . . ) este é o evangelho que vos dei -- que vim ao mundo para fazer a vontade de meu Pai, porque meu Pai me enviou".20
Ele então ampliou a explicação contida nessa frase, dizendo: "Meu Pai enviou-me para que eu fosse levantado na cruz; e depois que eu fosse levantado na cruz, pudesse atrair a mim todos os homens" ( . . . ).21
Essa missão especial do Senhor na mortalidade -- o evangelho conforme Ele o definiu -- nós a conhecemos como a Expiação. A plenitude do evangelho, portanto, denota uma compreensão mais completa da Expiação.22 Isso é algo que não conseguimos alcançar usando somente a Bíblia. A palavra expiação (em qualquer de suas formas) é mencionada apenas uma vez na versão inglesa do Rei Jaime do Novo Testamento.23 No Livro de Mórmon, ela aparece 39 vezes!24 O Livro de Mórmon também contém mais referências à Ressurreição do que a Bíblia.25
O Salvador referiu-se ao Livro de Mórmon como Seu "novo convênio" com a casa de Israel.26 Trata-se de um sinal palpável do convênio final de Cristo com a humanidade.27 Os ensinamentos divinos desse livro, como um terceiro testamento, esclarece a doutrina e unifica o Velho Testamento com o Novo Testamento. Os convênios28, testamentos29 e testemunhos30 contidos nas escrituras desde o início dos tempos estão relacionados à Expiação de Jesus Cristo, que é o ponto central de toda a história humana.
O Livro de Mórmon é o mais importante texto religioso revelado por Deus ao homem "desde que os escritos do Novo Testamento foram compilados há quase dois milênios".31 Joseph Smith declarou que o Livro de Mórmon é "o mais correto de todos os livros da Terra e a pedra fundamental de nossa religião".32 É o único livro que o próprio Senhor testificou ser verdadeiro.33
O momento culminante desse registro sagrado é o ministério pessoal do Senhor ressuscitado ao povo que viveu na antiga América. Para eles, Ele fez a seguinte revelação:
"Eis que sou Jesus Cristo, o Filho de Deus. Eu criei os céus e a Terra e todas as coisas que neles há. Eu estava com o Pai desde o princípio. ( . . . )
As escrituras relativas a minha vinda cumpriram-se. ( . . . )
Eu sou a luz e a vida do mundo. ( . . . )
E todo aquele que a mim vier com um coração quebrantado e um espírito contrito, eu batizarei com fogo e com o Espírito Santo, ( . . . )
Eis que vim ao mundo para trazer redenção ao mundo e salvar o mundo do pecado.
Portanto, todos aqueles que se arrependerem e vierem a mim como criancinhas, eu os receberei, pois deles é o reino de Deus. ( . . . ) dei a vida e tornei a tomá-la; portanto, arrependei-vos e vinde a mim ( . . . ) e salvai-vos."34
Depois dessa sublime apresentação, o Mestre deu mais provas de Sua identidade permitindo que a multidão colocasse a mão em Seu lado e tocasse as marcas dos cravos em Suas mãos e pés. Desse modo, eles souberam que o próprio Deus de Israel estava diante deles, o Mesmo que fora morto pelos pecados do mundo.35
Ele instruiu o povo. Ensinou-o a orar, a arrepender-se, a ser batizado, a tomar o sacramento, a conhecer Sua doutrina, a compreender a importância das ordenanças e convênios sagrados e a perseverar até o fim.36
O Livro de Mórmon é uma dádiva de Deus a toda a humanidade. Ele "ordenou a seu povo que persuadisse todos os homens a se arrependerem".37 Ele convida todos a "virem a ele e a participarem de sua bondade" e não repudia "quem quer que o procure, negro e branco, escravo e livre, homem e mulher".38



TRADUÇÃO
Esse convite feito a todas as pessoas envolve muitas línguas e o trabalho de tradutores competentes. A versão inglesa do Rei Jaime da Bíblia, por exemplo, foi feita por 50 estudiosos ingleses, que concluíram seu trabalho em sete anos, traduzindo a uma razão de uma página por dia.39 Os bons tradutores da atualidade estarão realizando um bom trabalho se conseguirem traduzir as escrituras a essa velocidade de uma página por dia.
Joseph Smith, porém, traduziu o Livro de Mórmon a uma velocidade de cerca de dez páginas por dia, terminando a tarefa em aproximadamente 85 dias!40 (Muitos de nós ficaríamos contentes de conseguir ler o livro nesse prazo.)
Essa velocidade é ainda mais notável se levarmos em conta as condições em que o Profeta trabalhou. Nesse mesmo período, enquanto enfrentava constantes interrupções e a incessante hostilidade das pessoas, Joseph Smith mudou-se para mais de 160 quilômetros de Harmony, Pensilvânia, para Fayette, Nova York.41 Ele deu entrada a um pedido de direitos autorais42, recebeu revelações que incluíam as doze seções de Doutrina e Convênios,43 e foi visitado por seres celestiais que restauraram o santo sacerdócio. Com tudo isso, ele conseguiu terminar a tradução em menos de três meses.
A Primeira Presidência concedeu aos Doze Apóstolos a oportunidade de ver partes do manuscrito original e do manuscrito do tipógrafo do Livro de Mórmon. Não há palavras que possam expressar as profundas emoções que sentimos ao examinar aqueles preciosos documentos e observar serem extremamente raros os sinais de revisão do texto.



TESTEMUNHO PESSOAL E BÊNÇÃOS
Toda pessoa que estudar fervorosamente o Livro de Mórmon pode também receber um testemunho de sua divindade.44 Além disso, esse livro pode ajudar-nos em nossos problemas pessoais de modo muito real. Querem livrar-se de um mau hábito? Querem melhorar o relacionamento entre as pessoas de sua família? Querem aumentar sua capacidade espiritual? Leiam o Livro de Mórmon! Ele os levará para mais perto do Senhor Jesus Cristo e de Seu amoroso poder.45 Aquele que alimentou uma multidão com cinco pães e dois peixes46, que ajudou o cego a ver e o coxo a andar47, também pode abençoá-los. Ele prometeu que aqueles que viverem de acordo com os preceitos desse livro "receberão uma coroa de vida eterna".48
O Livro de Mórmon é verdadeiro! Disso presto testemunho, em nome de Jesus Cristo. Amém.



NOTAS



1. D&C 84:54­55.

2. D&C 84:57.

3. O Livro de Mórmon foi organizado em 6.607 versículos, dos quais 3.925 se referem a Jesus Cristo, empregando mais de 100 títulos. Assim sendo, uma das formas o nome de Cristo aparece em média uma vez a cada 1,7 versículos. (Ver Susan Easton Black, Finding Crist through the Book of Mormon, 1987, pp. 16­18.

4. Ver 3 Néfi 16:11­12; 29:3; Mórmon 5:20; 8:21; 9:37.

5. Ver D&C 84:57­58.

6. "Breve Explicação sobre o Livro de Mórmon"; 1 Néfi 5:11­13.

7. Palavras de Mórmon 1:15. Essa explicação repete-se mais cinco vezes. (Ver Jacó 3:13; Helamã 3:14; 3 Néfi 5:8; 26:6; Éter 15:33.) Jacó, que recebeu as placas de seu irmão Néfi, forneceu mais esclarecimentos, explicando que não podia tratar "a não ser ligeiramente, da história deste povo", mas no tocante às coisas sagradas ou grandes deveria "escrever sobre elas tanto quanto fosse possível, por amor a Cristo e para o bem de nosso povo". (Jacó 1:2, 4)

8. Leí, pai de Néfi e Jacó, também foi testemunha ocular do Senhor. (Ver 2 Néfi 1:15.)

9. Ver 1 Néfi 8:10­35.

10. Ver 1 Néfi 11:14­36.

11. Ver Éter 3:14.

12. Ver 1 Néfi 19:10.

13. Muitos outros poderiam ser citados, como Enos, Jarom, Amaron, Amaléqui e outros.

14. Jacó 4:4.

15. Helamã 8:18.

16. Jaredita e Leíta.

17. Por ser citado tantas vezes, Isaías deve ser considerado como um dos grandes autores contidos no Livro de Mórmon. Uma nota de rodapé bastante útil referente a 2 Néfi 12:2 da edição atual das escrituras SUD explica que 433 versículos de Isaías--quase um terço do livro--são citados no Livro de Mórmon. Na edição inglesa, mais da metade (cerca de 233 versículos) apresenta algumas diferenças em relação ao texto bíblico, enquanto que 200 versículos são citados exatamente como se encontram na versão do Rei Jaime da Bíblia. Um estudioso de Isaías relata que pelo menos 391 dos 433 versículos se referem aos atributos, a aparência, a majestade e a missão de Jesus Cristo. (Ver Monte S. Nyman, "Great Are the Words of Isaiah", 1980, 7, pp. 283­287.)

O Élder Jeffrey R. Holland (Christ and the New Covenant, 1997, pp. 78­94) classificou os ensinamentos de Isaías contidos no Livro de Mórmon em cinco tópicos:

1) Nascimento e Ministério Mortal de Cristo (ver 1 Néfi 11:13, 15, 18, 20; 2 Néfi 17:14­15; Alma 7:10).

2) Cristo Visita os Espíritos em Prisão (ver 1 Néfi 21:6­9).

3) Cristo Demonstra Bondade para com Sião e a Preserva nos Últimos Dias (ver 1 Néfi 21:13­16; 2 Néfi 7:1­2; 3 Néfi 22:8 -- citação de Isaías 54:8).

4) Cristo no Milênio (ver 2 Néfi 12:2­5; 21:1­12; 30:9).

5) A Crucificação e a Expiação (ver Mosias 14:1­12).

18. Jacó 4:11­12.

19. D&C 27:5; ver também D&C 20:9; JS -- H 1:34.

20. 3 Néfi 27:13. O texto completo de Seu sermão também inclui as ordenanças e convênios como parte integral do evangelho.

21. 3 Néfi 27:14.

22. Nem todas as doutrinas divinas estão incluídas no Livro de Mórmon. O trabalho do templo como o conhecemos atualmente foi revelado como parte da restauração de todas as coisas e é ensinado em Doutrina e Convênios e em revelações concedidas posteriormente aos profetas vivos.

23. Ver Romanos 5:11.

24. Atonement (expiação) = 28 vezes; atone, atoning ou atoned (expiar, expiatório ou expiou) = 8 vezes; mais atoneth (expia) = 3 vezes -- igual a 39 vezes. Em diversos versículos, a palavra aparece mais de uma vez. (Ver 2 Néfi 9:7; Alma 34:9; 42:23.)

25. A palavra resurreição aparece 41 vezes na versão do Rei Jaime da Bíblia. Ela aparece 81 vezes no Livro de Mórmon. (Ver também Christ and the New Covenant, p. 238.)

26. Ver D&C 84:57.

27. Ver 3 Néfi 21:1; 29: cabeçalho do capítulo.

28. Convênio deriva do latim convenire, que significa "vir com", "concordar".

29. Testamento deriva do latim testis, que significa "testemunha". A palavra testamento também está relacionada com as raízes latinas tres stare, que significa "três estão".

30. A palavra inglesa witness (testemunha) deriva do inglês arcaico wit, que significa "conhecimento". Define-se testemunha como alguém que tenha um conhecimento específico.

31. Jeffrey R. Holland, Christ and the New Covenant, pp. 9­10.

32. History of the Church, 4:461.

33. Ver D&C 17:6.

34. 3 Néfi 9:15­16, 18, 20­22.

35. Ver 3 Néfi 11:14.

36. Ver 3 Néfi 15:9.

37. 2 Néfi 26:27.

38. 2 Néfi 26:33.

39. Ver Christ and the New Covenant, 349.

40. De 7 de abril a 30 de junho de 1829. Depois de subtrair o tempo gasto com outras tarefas realizadas na mesma época, o tempo disponível para o trabalho fica por volta de 55 dias. A edição atual do Livro de Mórmon em inglês contém 531 páginas. Supondo que tenham sido gastos 55 dias no trabalho de tradução, calcula-se uma razão de 9,7 páginas atuais por dia.

41. Ver John W. Welch e Tim Rathbone, "Book of Mormon Translation by Joseph Smith", Encyclopedia of Mormonism, 4 vols. [1992], 1:211.

42. Ver "A Chronology of Church History", Apêndice 2, Encyclopedia of Mormonism, 4:1652, data de 11 de junho de 1829.

43. Seções 6­9 e 11­18

44. Ver Morôni 10:4­5.

45. O Profeta Joseph Smith declarou que "o homem pode aproximar-se mais de Deus vivendo seus preceitos [referindo-se ao Livro de Mórmon], do que por qualquer outro livro". (History of the Church 4:461).

46. Ver Mateus 14:19­20; Marcos 6:41­42; Lucas 9:16­17.

47. Ver Mateus 11:5; Lucas 7:21­22.

48. D&C 20:14.

quinta-feira, 17 de março de 2011

A Restauração de Todas as Coisas - Presidente James E. Faust Segundo Conselheiro na Primeira Presidência

A Restauração de Todas as Coisas

Presidente James E. Faust
Segundo Conselheiro na Primeira Presidência
Acreditamos que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a restauração da Igreja original estabelecida por Jesus Cristo.
Presidente James E. FaustComo membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, importamo-nos com todos os filhos de Deus que vivem agora ou que já viveram na face da Terra. “Nossa mensagem”, como declarou a Primeira Presidência em 1978, “é de amor e atenção especiais pelo bem-estar eterno de todos os homens e mulheres independentementede sua crença religiosa, raça ou nacionalidade, sabendo que somos verdadeiramente irmãos porque somos filhos do mesmo Pai Eterno”.1 O Élder Dallin H. Oaks disse há alguns anos:
“A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem muitas crenças em comum com outras igrejas cristãs. Mas temos diferenças, e essas diferenças explicam por que enviamos missionários aos outros cristãos, por que construímos templos e não só capelas, e por que nossas crenças nos trazem tanta felicidade e força para enfrentar os desafios da vida e da morte.”2
Desejo testificar hoje da plenitude do evangelho restaurado de Jesus Cristo que se soma às crenças religiosas de outras denominações cristãs ou não. Essa plenitude foi originalmente estabelecida pelo Salvador em Seu ministério terreno. Mas depois de fazê-lo, houve uma apostasia.
Alguns dos Apóstolos da Antigüidade sabiam que uma apostasia ocorreria antes da Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo. Aos tessalonicenses, Paulo escreveu acerca desse assunto: “[Que] ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia”.3
Com esse afastamento da verdade, as chaves do sacerdócio foram perdidas e algumas doutrinas preciosas da Igreja organizada pelo Salvador foram modificadas. Entre essas, o batismo por imersão4, o recebimento do Espírito Santo pela imposição de mãos5, a natureza da Trindade — que são três personagens distintas6, que toda a humanidade ressuscitará por meio da Expiação de Cristo, “tanto os justos quanto os injustos”7, revelação contínua — que os céus não estão fechados8, e a obra no templo para os vivos e os mortos9.
O período que se seguiu ficou conhecido como a Idade das Trevas. Essa apostasia foi profetizada pelo Apóstolo Pedro que declarou “o céu [deve conter] (Jesus Cristo) até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio”.10 Uma restituição só seria necessária se essas coisas preciosas tivessem sido perdidas.
Nos séculos seguintes, os religiosos reconheceram que tinha ocorrido uma apostasia gradual da Igreja organizada por Jesus Cristo. Alguns deles sofreram muito por suas crenças naquilo que veio a chamar-se Reforma, um movimento do século XVI que procurava reformar a cristandade ocidental. Isso resultou na separação das igrejas protestantes da principal igreja cristã.
Entre esses reformadores estava o reverendo John Lathrop, sacerdote da igreja Egerton, de Kent, Inglaterra. Incidentalmente, o Profeta Joseph Smith era descendente de John Lathrop. Em 1623, o reverendo Lathrop renunciou ao cargo porque questionou a autoridade da igreja Anglicana de agir em nome de Deus. Ao ler a Bíblia, ele reconheceu que as chaves apostólicas não estavam na Terra. Em 1632 ele tornou-se ministro de uma igreja ilegal independente e foi preso. A esposa dele morreu enquanto ele estava na prisão e seus filhos rogaram ao bispo para que ele fosse libertado. O bispo concordou em libertar Lathrop, desde que ele saísse do país. Foi o que ele fez. Com 32 membros de sua congregação, ele zarpou para a América.11
Roger Williams, pastor que no século XVII fundou a colônia de Rhode Island, recusou-se a continuar como pastor em Providence alegando que “não existia na Terra uma Igreja adequadamente instituída, nem qualquer pessoa autorizada a administrar qualquer ordenança; nem poderia haver até que novos apóstolos fossem enviados pelo grande Cabeça da Igreja, por cuja vinda ele esperava”.12
Esses são apenas dois dos eruditos religiosos que reconheceram a apostasia da Igreja organizada por Jesus Cristo e a necessidade da restauração das chaves do sacerdócio perdido. O Apóstolo João teve uma visão da época em que “outro anjo [voava] pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo.”13 Essa profecia se cumpriu. Como acreditamos que a plenitude do evangelho de Jesus Cristo foi restaurada em nossa época pelo Profeta Joseph Smith, desejamos dar a todo o mundo a oportunidade de conhecer e aceitar essa mensagem.
Hoje temos, na Igreja restaurada, apóstolos, profetas, pastores, doutores e evangelistas conforme descrito por Paulo em Efésios14. Esses ofícios do sacerdócio foram estabelecidos pelo Salvador quando organizou Sua Igreja no meridiano dos tempos. Reconhecemos as duas ordens do sacerdócio e os ofícios que eles contêm: o sacerdócio menor é o Sacerdócio Aarônico, em homenagem a Aarão; e o Sacerdócio de Melquisedeque, designado segundo Melquisedeque, a quem Abraão pagou dízimos. O Sacerdócio Aarônico foi restaurado em 15 de maio de 1829, sob as mãos de João Batista, e o Sacerdócio de Melquisedeque um mês depois sob as mãos dos antigos Apóstolos Pedro, Tiago e João, que os conferiram a Joseph Smith e Oliver Cowdery. Assim, os portadores do sacerdócio hoje invocam o poder de agir em nome de Deus por meio do sacerdócio, cujo poder exige respeito tanto na Terra como nos céus.15
No Templo de Kirtland, em 3 de abril de 1836, Moisés apareceu e deu ao Profeta Joseph Smith e Oliver Cowdery as chaves da coligação de Israel. Em seguida, Elias apareceu e comissionou-lhes o evangelho de Abraão, para que “em nós e em nossa semente todas as gerações depois de nós [sejam] abençoadas”.16 Depois, Elias, o Profeta, apareceu e deu a eles também as chaves desta dispensação, incluindo o poder do selamento, para ligar nos céus o que for ligado na Terra, dentro dos templos.17 Assim, os profetas de dispensações anteriores do evangelho entregaram as chaves que possuíam ao Profeta Joseph Smith nesta que é a última, “a dispensação da plenitude dos tempos” anunciada pelo Apóstolo Paulo em Efésios18.
Sou grato que o Senhor tenha achado adequado restabelecer a lei do dízimo e das ofertas para seu povo. Quando observamos a lei do dízimo, as janelas do céu abrem-se para nós. Grandes são as bênçãos derramadas sobre os que têm fé para cumprir a lei do dízimo.
Ao longo da história da Terra, a adoração no templo sempre foi parte significativa da vida dos santos, pela qual eles demonstravam o desejo de aproximar-se do Criador. O templo foi um lugar de aprendizagem para o Salvador quando esteve na Terra; o templo fazia parte da vida Dele. As bênçãos do templo estão mais uma vez disponíveis em nossa época. Uma característica ímpar da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é seu ensinamento sobre templos e sobre o significado eterno de tudo o que neles fazemos. Nossos majestosos e belos templos agora estão por toda a Terra. Neles, o mais sagrado dos trabalhos é feito. O Presidente Gordon B. Hinckley assim falou sobre os templos: “Existem poucos lugares na Terra onde as perguntas que o homem faz sobre a vida recebem as respostas da eternidade”19. As solenes perguntas “de onde viemos?”, “por que estamos aqui?” e “para onde vamos depois?” têm respostas completas nos templos. Viemos da presença de Deus e estamos aqui na Terra para preparar-nos para retornar à presença Dele.
De transcendental importância são os convênios eternos feitos pelo homem e a mulher no templo sagrado. Esses convênios são selados pela autoridade do sacerdócio. Os filhos de tais uniões, se forem dignos, poderão desfrutar de um relacionamento eterno como parte de uma família e como filhos de Deus. Como escreveu o Apóstolo João: “Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? (...) [Portanto, estes são os que] estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo”.20
O Senhor declarou que a Sua obra é “levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem”21. Segue-se portanto que toda a humanidade, vivos e mortos, deve ter a oportunidade de ouvir o evangelho, seja nesta vida, seja no mundo espiritual. Como disse Paulo aos Coríntios: “Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos”?22 Essa é a razão pela qual fazemos ordenanças nos templos pelos nossos antepassados falecidos. O arbítrio de ninguém lhe é tirado. Aqueles por quem as fazemos, podem ou não aceitar essas ordenanças.
O Apóstolo João teve uma visão da época em que um anjo viria à Terra como parte da Restauração do evangelho. O anjo era Morôni e ele apareceu ao Profeta Joseph Smith. Ele guiou Joseph ao local onde estavam depositadas as placas de ouro que continham antigos escritos. Joseph Smith depois as traduziu pelo dom e poder de Deus e o Livro de Mórmon foi publicado. Ele é o registro de dois povos que viveram há séculos no continente americano. Pouco se sabia a respeito deles antes do aparecimento do Livro de Mórmon. Mais importante, no entanto, é que o Livro de Mórmon é um novo testamento de Cristo. Ele restaurou preciosas verdades relativas à Queda, Expiação, Ressurreição e sobre a vida e a morte.
Antes da Restauração, os céus estiveram fechados por séculos. Porém, com apóstolos e profetas na Terra mais uma vez, os céus se abriram de novo com visões e revelações. Muitas das revelações que foram dadas ao Profeta Joseph Smith foram escritas em um livro conhecido como Doutrina e Convênios. Ele contém mais revelações sobre princípios e ordenanças e é uma fonte valiosa de conhecimento sobre a estrutura do sacerdócio. Além disso, temos outro cânone de escritura chamado A Pérola de Grande Valor que contém o livro de Moisés, dado por revelação ao Profeta Joseph Smith, e o livro de Abraão, que foi traduzido de um pergaminho egípcio. Nessa obra, não só aprendemos muito sobre Moisés, Abraão, Enoque e outros profetas, mas também obtemos muitos detalhes sobre a Criação. Aprendemos que o evangelho de Jesus Cristo foi ensinado a todos os profetas desde o princípio — até mesmo na época de Adão.23
Acreditamos que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a restauração da Igreja original estabelecida por Jesus Cristo, aquela que foi edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina”.24 Ela não é uma simples divergência de qualquer outra igreja.
Acreditamos que a plenitude do evangelho de Cristo foi restaurada, mas isso não é motivo para ninguém se sentir superior a qualquer outro filho de Deus. Na verdade, isso exige uma obrigação maior de invocarmos a essência do evangelho de Cristo em nossa vida — amar, servir e abençoar os outros. De fato, como a Primeira Presidência declarou em 1978, acreditamos que “os grandes líderes religiosos do mundo, como Maomé, Confúcio e os Reformadores, bem como filósofos, incluindo Sócrates, Platão e outros, receberam uma porção da luz de Deus. Deus concedeu-lhes verdades morais para que iluminassem nações inteiras e proporcionassem um melhor entendimento às pessoas”.25 Por isso, respeitamos as crenças religiosas sinceras dos outros e agradecemos àqueles que oferecem a nós a mesma cortesia e respeito pelas doutrinas que nos são caras.
Tenho um testemunho pessoal da verdade dos convênios, ensinamentos e autoridade restaurados por intermédio do Profeta Joseph Smith. Essa segurança sempre esteve comigo em toda minha vida. Sou grato por ter ocorrido a Restauração da plenitude do evangelho em nossa época. Ela é o caminho da vida eterna. Que o poder, a paz e os cuidados de Deus, o Pai, e o amor e a graça eternos do Senhor Jesus Cristo estejam com todos, é pelo que oro em nome de Jesus Cristo. Amém.

Notas

1. Declaração da Primeira Presidência Relativa ao Amor de Deus por Toda a Humanidade, 15 de fevereiro, 1978.
2. Conference Report, abril, 1995, p. 112; ou Ensign, maio 1995, p. 84.
3. II Tes. 2:3; grifo do autor.
4. Ver Marcos 1:9–10.
5. Ver Atos 8:14–17; 19:3–6
6. Ver Mateus 3:17; Atos 7:55; D&C 130:22.
7. Atos 24:15.
8. Ver Daniel 2:28; Amós 3:7; D&C 121:26.
9. Ver Obadias 1:21; Malaquias. 4:6; I Coríntios 15:29; Apocalipse. 7:15.
10. Atos 3:20–21.
11. Ver Mark E. Petersen, The Great Prologue (1975), pp. 34–35.
12. Ver William Cullen Bryant, ed., Picturesque America; or the Land We Live In, 2 vols. (1872–1874), volume 1, p. 502; ver também LeGrand Richards, Uma Obra Maravilhosa e Um Assombro, p. 28.
13. Apocalipse 14:6.
14. Ver Efésios 4:11.
15. Ver a Nota 5 em Talmage, A Grande Apostasia, p. 169.
16. D&C 110:12.
17. D&C 110:13–16.
18. Efésios 1:10.
19. “Why These Temples?” President Gordon B. Hinckley, Temples of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 1999, p. 14.
20. Apocalipse 7:13–14.
21. Moisés 1:39.
22. I Coríntios 15:29.
23. Ver Moisés 5:38; 8:19; Abraão 2:10–11.
24. Ver Efésios 2:20.
25. Declaração da Primeira Presidência Relativa ao Amor de Deus por Toda a Humanidade, 15 de fevereiro, 1978.

quinta-feira, 3 de março de 2011

VISÃO GERAL DA HISTÓRIA DA IGREJA




Iimagine que você  será um guia turístico de um grupo que fará uma viagem de ônibus. Se você tivesse oportunidade de sobrevoar toda a estrada por onde conduzirá o grupo antes de iniciarem a jornada, você o faria? Por quê? Por que não? Que vantagens você teria sobrevoando primeiro a área?


“Suponhamos que vocês tenham de guiar um grupo
numa viagem de ônibus pelo continente. Parte da
preparação consiste em sobrevoar rapidamente a rota
para ter uma idéia do que os espera na jornada.
Enquanto sobrevoam rapidamente, vocês têm uma
visão panorâmica do continente e podem ver a grande
extensão que existe de cada lado. Embora não vejam
muitos detalhes, podem ter uma idéia do curso que irão
seguir, o que não teria sido possível se não tivessem
sobrevoado a rota. Vocês voltam com uma noção do
que encontrarão pela frente, quando seguirem o mesmo
caminho por terra. Agora vocês têm uma perspectiva.”
[Élder Boyd K. Packer, Our Father’s Plan (1984), p. 4.]


Em nossa aula, de hoje, nós estudantes teremos uma visão geral da história da Igreja, o que nos dará uma perspectiva do que iremos estudar durante o ano, da mesma forma que uma viagem aérea poderia dar-lhes uma idéia da viagem que fariam de ônibus.
Eis um resumo:



A Grande Apostasia e a História da Igreja



A Grande Apostasia (cerca de 100–1820 d. C.)
Quando Jesus Cristo veio na carne, Ele cumpriu a lei de Moisés e estabeleceu Sua Igreja. (Ver 3 Néfi 15:2–9; 18:5.) Depois de Sua morte e Ressurreição, o Senhor continuou a liderar Sua Igreja por intermédio dos Apóstolos. (Ver Mateus 10:1–4; Efésios 2:20.) Os Apóstolos possuíam as chaves do sacerdócio necessárias para dar continuidade ao trabalho do Senhor. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 1–3.)

A perseguição movida contra os seguidores de Cristo persistiu após Sua morte e Ressurreição. O imperador romano Nero, que governou de 54 a 68 d. C., intensificou essa perseguição, diminuindo o progresso do trabalho do Senhor. Surgiram falsos mestres, e muitos membros da Igreja perderam a fé. Por fim, os Apóstolos foram mortos, e o sacerdócio e a Igreja de Jesus Cristo foram tirados da Terra, resultando na Grande Apostasia. (Ver II Tessalonicenses 2:1–3; I Timóteo 4:1–3; História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 3–6.)
Alguns ensinamentos do evangelho foram preservados de forma incompleta durante a Idade Média e o Renascimento. Sem a autoridade do sacerdócio, os líderes religiosos e os crentes podiam apenas tentar fazer o melhor com a Luz de Cristo e esses fragmentos da verdade para guiá-los. Aqueles que exerciam crenças diferentes das determinadas pelas religiões aceitas pelo governo da época freqüentemente sofriam perseguição. Não existia verdadeira liberdade religiosa. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 6–9.)
Após a viagem de Colombo para as Américas, muitos europeus que migraram para lá o fizeram em busca de liberdade religiosa. A Carta de Direitos foi adotada como parte da Constituição dos Estados Unidos, em 15 de dezembro de 1791. O primeiro artigo dessa lei proclamava o direito de as pessoas praticarem a religião de acordo com suas crenças e desejos. Embora ainda houvesse períodos de perseguição, esse documento proporcionou a base da liberdade religiosa sob a qual a Igreja de Cristo poderia ser restabelecida. Apenas quatorze anos depois, em 23 de dezembro de 1805, em Sharon, Vermont, no nordeste dos Estados Unidos, nasceu o Profeta Joseph Smith. (Ver D&C 101:77–80; Joseph Smith—História 1:1–5; História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 9–27.)


Nova York (1820–1831)
Em 1816, a família de Joseph Smith mudou-se para Palmyra, Nova York. Quando jovem, Joseph desejava saber qual igreja era a verdadeira. Ele passou muito tempo pensando e estudando as religiões, e freqüentando as reuniões das diversas igrejas, conforme o tempo permitia. Na primavera de 1820, a busca de Joseph pela verdade levou-o a um bosque para orar. Em resposta à sua oração, Deus, o Pai, e Seu Filho Jesus Cristo apareceram a ele. A mensagem de Cristo a Joseph foi que a verdadeira Igreja não se encontrava mais na Terra. (Ver Joseph Smith—História 1:5–10, 15–20; História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 29–36.)
Em 22 de setembro de 1823, um anjo chamado Morôni apareceu a Joseph e disse-lhe que Deus tinha uma grande obra para ele realizar. (Ver Joseph Smith—História 1:30–43.) Quatro anos depois, em 1827, Morôni entregou a Joseph as placas de ouro das quais Joseph traduziu o Livro de Mórmon. Em abril de 1830, Joseph tinha recebido o sacerdócio de João Batista, e Pedro, Tiago e João (ver Mateus 10:1–4; Joseph Smith—História 1:68–73), publicado o Livro de Mórmon e organizado a Igreja de Jesus Cristo (ver D&C 20:1). Nessa época, Joseph iniciou sua tradução inspirada da Bíblia. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 37–66, 117–119.)


Ohio (1831–1838)
Em fevereiro de 1831, a Igreja mudou-se para Kirtland, Ohio.
Kirtland continuou sendo o centro da Igreja até 1838, período em que o Senhor revelou muitas verdades referentes à doutrina e organização da Igreja. (Ver por exemplo D&C 42.) Mais seções de Doutrina e Convênios foram reveladas em Ohio do que em qualquer outro lugar. (Ver a Ordem Cronológica do Conteúdo.) O trabalho da Tradução de Joseph Smith estava quase todo terminado em 2 de julho de 1833. Em 1835, o Quórum dos Doze Apóstolos foi organizado, e Doutrina e Convênios foi publicado.
O primeiro templo foi construído e dedicado em Kirtland, em 1836. Importantes chaves do sacerdócio foram restauradas ao Profeta no Templo de Kirtland, conforme registrado em Doutrina e Convênios 110. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 89–126, 153–168.)


Missouri (1831–1838)
Em 1831, o Senhor revelou que a cidade de Sião seria construída em Independence, condado de Jackson, Missouri. (Ver D&C 57:1–3.) Muitos membros da Igreja mudaram-se de Kirtland para Independence a fim de estabelecer Sião. Tanto Ohio quanto Missouri tornaram-se locais de coligação dos santos. No entanto, aumentaram as tensões e conflitos entre os antigos moradores não mórmons do condado de Jackson e os novos colonos mórmons. A perseguição contra os santos tornou-se tão intensa que eles acabaram sendo forçados a deixar o condado de Jackson.
A maioria dos santos de Missouri acabou restabelecendo-se ao norte, nos condados de Caldwell e Daviess, e fundando as cidades de Far West e Adão–ondi–Amã. Seguindo um mandamento do Senhor, Joseph Smith liderou uma milícia armada conhecida como o Acampamento de Sião de Ohio até Missouri para ajudar os santos carentes e, se possível, restituir-lhes as terras perdidas. Embora não tenham reconquistado as terras, o Acampamento de Sião serviu como valioso treinamento.
Quando o Quórum dos Doze Apóstolos e dos Setenta foram organizados, a grande maioria dos que foram chamados eram exintegrantes do Acampamento de Sião. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 106–111, 127–152, 181–192.)
Ao mesmo tempo em que os santos de Missouri sofriam essas perseguições, muitos membros da Igreja em Ohio estavam caindo em apostasia. As intrigas contra o Profeta Joseph Smith logo se transformaram em perseguição. A apostasia tornou-se tão difundida, que até vários dos Apóstolos perderam a confiança em Joseph Smith e deixaram de apoiá-lo, embora alguns viessem a arrepender-se mais tarde. A perseguição aumentou até que os santos fiéis de Kirtland foram obrigados a partir, mudando-se então para o Missouri. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 169–180.)
Pouco depois de os santos de Missouri terem-se mudado para Far West, as perseguições iniciadas no condado de Jackson ampliaram-se para outras regiões do estado de Missouri. O governador de Missouri decidiu acreditar nos falsos relatos sobre os mórmons e ordenou à milícia que os expulsasse do estado. Seguiram-se confrontos armados. Alguns membros foram mortos e muitos foram humilhados, espancados, roubados e expulsos de sua casa no inverno de 1838–1839. Alguns líderes da Igreja foram aprisionados, inclusive Joseph e Hyrum Smith e Sidney Rigdon, a Primeira Presidência completa. Essa foi uma das épocas mais tristes da história da Igreja. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 193–210.)


Illinois (1839–1840)
O povo de Illinois recebeu os santos desamparados com compaixão, oferecendo-lhes alimento, roupas e outros artigos necessários. O Profeta Joseph Smith juntou-se aos santos em Quincy, Illinois, em 22 de abril de 1839, depois de passar quase cinco meses na cadeia de Liberty. Joseph foi a Washington, D. C., e encontrou-se com Martin Van Buren, presidente dos Estados Unidos, para pedir justiça pelas atrocidades cometidas contra os santos em Missouri. No entanto, o presidente temia as conseqüências políticas de prestar auxílio à impopular causa dos mórmons e recusou-se a ajudá-los. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 219–222.)
Antes de o Profeta ir a Washington, os santos compraram um pântano infestado de mosquitos em Commerce, Illinois. Depois de drenarem a terra, começaram a construir a cidade de Nauvoo.
Durante o período em que os santos moraram em Nauvoo, os Doze Apóstolos foram enviados para ensinar o evangelho na Inglaterra. O Élder Orson Hyde, um dos Doze, recebeu a missão  especial de dedicar a Terra Santa para o retorno dos judeus.
Também nesse período, Joseph Smith apresentou o batismo pelos mortos e a investidura, e ordenou a construção do Templo de Nauvoo. Joseph organizou a Sociedade de Socorro, publicou o Livro de Abraão e registrou a seção 132 de Doutrina e Convênios.
(Nessa seção, o Senhor revelou os princípios do casamento eterno e ordenou alguns homens da Igreja a terem mais de uma esposa. Mais tarde, o Senhor ordenou aos homens da Igreja que tivessem uma única esposa. O casamento eterno nos templos espalhados por todo o mundo, continua ao alcance dos santos dignos.)
Milhares de conversos filiaram-se à Igreja e imigraram para Nauvoo. Por algum tempo, a população e a economia de Nauvoo chegaram a rivalizar-se com as de Chicago. Com cerca de 15.000 pessoas vivendo em Nauvoo e arredores, o condado de Hancock tornou-se um dos mais populosos do estado. Essa foi uma das épocas mais felizes do início da história da Igreja. Mas à medida que os santos prosperavam e aumentavam seu poder político, o medo, a inveja e os maus sentimentos a seu respeito por parte de seus vizinhos de Illinois começaram a crescer. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 211–266.)
O Profeta Joseph escreveu cartas aos candidatos à presidência dos Estados Unidos para pedir que fizessem o possível para ajudar os santos a recuperarem suas perdas em Missouri. Nenhum deles ofereceu o tipo de ajuda que a Igreja desejava receber, de modo que em janeiro de 1844 Joseph foi nomeado pelos membros da Igreja como candidato à presidência. Ele publicou um panfleto e organizou os portadores do sacerdócio para que pregassem o evangelho e fizessem campanha por ele. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 269–270.)
E como aconteceu muitas vezes na vida de Joseph, os inimigos da Igreja atacaram o Profeta, levantando falsas acusações e conseguindo mandatos de prisão contra ele sob falso testemunho.
A oposição contra os santos cresceu em Illinois, e o Profeta era periodicamente forçado a exilar-se para fugir à perseguição. Em junho de 1844, o Profeta Joseph, como prefeito de Nauvoo, e o conselho municipal reuniram-se para discutir a questão de uma publicação antimórmon que caluniava cidadãos da cidade e que poderia incitar mais atos de violência contra os santos por parte do populacho. Quando ordenaram a destruição da prensa como órgão prejudicial ao público, o governador de Illinois ordenou que o Profeta Joseph fosse levado para Carthage, Illinois, para julgamento.
O governador prometeu proteção, mas conforme registrado em Doutrina e Convênios 135:1–7, o Profeta Joseph e seu irmão Hyrum foram assassinados por uma multidão enraivecida em Carthage. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 266–285.)
Depois de chorar a morte de Joseph e Hyrum, muitos membros se perguntaram quem iria dirigir a Igreja. Em 8 de agosto de 1844, a Igreja realizou uma reunião pública sobre essa questão. Sidney Rigdon falou, dizendo que ele deveria ser o novo líder da Igreja Brigham Young também falou, e durante seu discurso o Senhor enviou uma manifestação espiritual aos santos. Muitas pessoas da congregação viram Brigham Young transfigurar-se, de modo a parecer-se com o Profeta Joseph na voz, modo de agir e aparência. A grande maioria dos santos aceitou a liderança de Brigham. Ele dirigiu a Igreja nos três anos seguintes como Presidente do Quórum dos Doze antes de ser apoiado e ordenado Presidente da Igreja, em dezembro de 1847. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 286–296, 334–336.)
Sob a liderança do Presidente Brigham Young, a Igreja continuou a crescer em Nauvoo, a despeito da crescente perseguição. Os quóruns dos setentas foram ampliados, mais missionários foram chamados, e em dezembro de 1845, os membros da Igreja começaram a receber suas investiduras no Templo de Nauvoo.
Apenas duas semanas depois, em fevereiro de 1846, os santos começaram a partir de Nauvoo, rumo a Iowa, a caminho das Montanhas Rochosas. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 297–307.)


Winter Quarters (1846–1847)
Durante o inverno e a primavera de 1846, os santos atravessaram o estado de Iowa, estabelecendo acampamentos como Garden Grove, Mount Pisgah e Council Bluffs. Nesses lugares, os primeiros grupos de santos construíam pequenas cabanas de madeira, plantavam e seguiam adiante. Mais tarde, outros grupos de santos em migração usavam essas casas, faziam a colheita das plantações, plantavam novamente e seguiam adiante. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 308–321.)
Em julho de 1846, o governo dos Estados Unidos solicitou 500 voluntários mórmons para lutarem na Guerra dos Estados Unidos contra o México. Para muitos membros da Igreja, isso seria um grande sacrifício, pois tinham acabado de ser expulsos para fora da fronteira dos Estados Unidos. Brigham Young disse aos santos que, embora isso afastasse os homens de suas famílias, também provaria a lealdade dos santos e proveria dinheiro e roupas para ajudar no êxodo. O Batalhão Mórmon marchou para a Califórnia, que distava mais de 3.300 quilômetros (2.000 milhas), sendo esta considerada a mais longa marcha militar da história dos Estados Unidos, mas sem ter que lutar na guerra. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 315–316, 322–326.) Os santos passaram o inverno de 1846–1847 preparando-se para a jornada para o oeste num acampamento em Nebraska ao qual deram o nome de Winter Quarters. Foram construídos carroções, reuniram-se alimentos e compraram-se cavalos e bois. Cento e quarenta e três homens, três mulheres e duas crianças compunham o primeiro grupo designado a fazer a jornada pioneira até as Montanhas Rochosas. Esse grupo incluía mecânicos, condutores de parelhas, caçadores, ferreiros e representantes de muitas outras profissões. Depois de viajarem três meses e 1.600 quilômetros (mil milhas) por território inexplorado, a companhia de pioneiros de Brigham Young chegou ao vale do Lago Salgado em 24 de julho de 1847. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 329–333.)


Utah (1847–Presente)
Os pioneiros começaram imediatamente a semear as plantações e construir uma cidade. Apenas três dias após a chegada, Brigham Young designou o local para a construção do templo. Ao todo, onze companhias de santos, além de um grupo de membros do Mississipi e alguns soldados do Batalhão Mórmon, chegaram ao vale em 1847, num total 2.095 pessoas. Geadas, secas e grilos que devoravam as colheitas tornaram a sobrevivência difícil no vale do Lago Salgado. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 328–329, 333–334, 337–351.)
Entre 1847 e 1857, Brigham Young estabeleceu mais de 100 colônias no oeste das Montanhas Rochosas. Muitas se concentravam numa linha que seguia para sudoeste, de Salt Lake City a San Bernardino, Califórnia, para criar um caminho seguro para a imigração procedente do Pacífico. (Ver História da Igreja na  Plenitude dos Tempos, pp. 361–367.)
Os santos reuniram-se em Utah, provenientes da Europa, do Pacífico e do leste dos Estados Unidos. Em 1856, o Presidente Young decidiu reduzir os custos de viagem fazendo com que os emigrantes puxassem seus pertences em carrinhos de mão em vez de viajarem dentro ou ao lado de carroções puxados por parelhas de bois. Dez companhias de carrinhos de mão compostas por quase 3.000 pessoas chegaram ao vale do Lago Salgado entre 1856 e 1860. A maioria fez a viagem sem incidentes graves. No entanto, em 1856, as companhias Willie e Martin partiram tarde e foram surpreendidas por nevascas prematuras que resultaram em enormes perdas. Mais de 200 pessoas dessas companhias morreram de inanição, cansaço e frio, provavelmente mais do que em qualquer outro grupo de emigrantes da história dos Estados Unidos. Os santos continuaram a fazer a jornada através das planícies em carrinhos de mão ou comboios de carroções até 1869, quando a ferrovia transcontinental foi concluída. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 326–328, 356–361, 388–395.)
A Igreja enfrentou problemas durante esse período devido a notícias falsas divulgadas no leste dos Estados Unidos pelos jornais e por apóstatas. Outros problemas incluíram a ameaça de uma invasão pelo exército dos Estados Unidos e as dificuldades gerais de se estabelecer comunidades num ambiente inóspito.
(Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 368–391.) Em 1867, o Presidente Brigham Young chamou Eliza R. Snow para restabelecer a Sociedade de Socorro. Naquele ano, também foi organizado o programa da Escola Dominical, a Escola dos Profetas foi reorganizada e o Tabernáculo da Praça do Templo foi concluído em Salt Lake City. O precursor do programa das Moças foi fundado em 1869, seguindo-se em 1875 pelo precursor do programa dos Rapazes. A Primária foi organizada em 1878. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 392–415.)
O templo de St. George Utah foi dedicado em 1877, o primeiro no oeste. Os santos puderam receber suas investiduras na Casa de Investiduras, em Salt Lake City, a partir de 1855, mas as primeiras investiduras pelos mortos foram realizadas em St. George. Nos anos que se seguiram, foram construídos templos em Logan, Utah (1884); Manti, Utah (1888); e Salt Lake City (1893). A Igreja fundou a Sociedade Genealógica de Utah nesse período, e o trabalho pelos mortos aumentou. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 415–417, 435–437, 444–450.)
Em 29 de agosto de 1877, o Presidente Brigham Young faleceu, tendo servido como líder da Igreja por mais de trinta e três anos, mais tempo do que qualquer outro profeta desta dispensação. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 419–421). John Taylor foi apoiado como o Presidente seguinte da Igreja e serviu até seu falecimento em 1887. Essa década da Igreja foi marcada por grande perseguição. Instigado em parte por uma campanha anti-mórmon dos meios de comunicação que enfocava o casamento plural, o congresso dos Estados Unidos promulgou uma série de leis tornando ilegal o casamento plural. Mais de mil santos, a maioria homens, mas também algumas mulheres, foram presos, e muitos outros, inclusive os líderes da Igreja, foram forçados a fugir para o exílio. Em 1889, Wilford Woodruff foi apoiado como o quarto Presidente da Igreja. Um ano depois, em 1890, o Senhor rescindiu a prática do casamento plural. (Ver Declaração Oficial 1; História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 422–442.)


Expansão da Igreja no Mundo Inteiro (1890–Presente)
A partir da década de 1890, os líderes da Igreja passaram a incentivar os santos a permanecerem em sua terra natal e edificarem a Igreja. Essa política foi reenfatizada em 1906, quando o Presidente Joseph F. Smith se tornou o primeiro profeta a visitar a Europa. A Igreja estabeleceu colônias no México em 1885 e no Canadá em 1887. Em 1901, Heber J. Grant abriu o Japão para o trabalho missionário. Em 1920, o Élder David O. McKay, que na época era membro do Quórum dos Doze, fez uma viagem por todo o mundo para ter melhor compreensão das condições em que viviam os membros em todo o mundo. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 422, 460–462, 489–491, 499–502.)
No início do século XX, os santos beneficiaram-se com o crescimento da tolerância nos Estados Unidos. Sob a liderança do Presidente Joseph F. Smith (1901–1918), a Igreja deu nova ênfase à educação. O Presidente Smith deu o exemplo, e juntamente com outros como os Élderes James E. Talmage e John A. Widtsoe, publicou obras que ajudaram os santos a compreenderem melhor as doutrinas do reino. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 486–494.) Essa ênfase resultou no estabelecimento do primeiro programa de seminário released-time, junto à escola Granite High School, na região de Salt Lake City, em 1912. O primeiro instituto de religião foi iniciado em Moscow, Idaho, em 1926. O programa matutino do seminário teve início em 1950, e o programa de estudo do lar do seminário começou em 1966. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 495–508, 550, 557–561.)
A Igreja atingiu seu primeiro milhão de membros em 1947, quandoGeorge Albert Smith era Presidente.
Durante a presidência de David O. McKay (1951–1970) novos templos foram construídos pela primeira vez fora dos Estados Unidos e Canadá. Em 1975, para atender às necessidades de expansão da Igreja, o Presidente Spencer W. Kimball (1973–1985) organizou o Primeiro Quórum dos Setenta como o terceiro quórum governante da Igreja. Em 1976, duas revelações (que mais tarde se tornaram as seções 137 e 138) foram apoiadas pela Igreja e acrescentadas à Pérola de Grande Valor. Em 1978, o Presidente Kimball recebeu a revelação de que todos os homens dignos da Igreja poderiam receber o sacerdócio, independentemente de raça ou cor. (Ver Declaração Oficial 2.)
Em 1979, a Igreja publicou uma nova edição em inglês da Bíblia com novos e úteis auxílios didáticos. Dois anos depois, a Igreja publicou uma nova edição em inglês da combinação tríplice, com auxílios semelhantes. Nessa época, as seções 137 e 138 foram mudadas da Pérola de Grande Valor para Doutrina e Convênios.
(Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 493, 588–589.)
Edições semelhantes foram então publicadas em outras línguas.
Quando o Presidente Kimball faleceu em 1985, o Livro de Mórmon tinha sido traduzido para mais de setenta línguas. Em 1989, quando o Presidente Ezra Taft Benson era o profeta, o número de membros da Igreja chegou aos sete milhões. Para acompanhar esse crescimento, foi organizado o Segundo Quórum dos Setenta. (Ver Conference Report, abril de 1989, p. 22; ou Ensign, maio de 1989, p. 17.) Durante a presidência de Gordon B. Hinckley (1995) a Igreja recebeu mais atenção positiva dos meios de comunicação do que em qualquer outra época de sua história. Em 1997, o Presidente Hinckley anunciou que vários templos menores seriam construídos em todo o mundo. (Ver Conference Report, outubro de 1997, pp. 68–69; ou Ensign, novembro de 1997, pp. 49–50.)
A mensagem da Restauração é que o Senhor trouxe Seu sacerdócio e Sua Igreja de volta à Terra por meio do Profeta Joseph Smith.
Esse poder do sacerdócio foi passado de profeta a profeta e ainda se encontra na Terra atualmente. A Igreja continuará a crescer até que o evangelho “tenha penetrado em cada continente, visitado cada clima, varrido cada país e soado em cada ouvido, até que os propósitos de Deus sejam cumpridos e o Grande Jeová diga que o trabalho está terminado”. (History of the Church, 4:540.)








Alguns Importantes Princípios do Evangelho a Serem abordados durante a lição:

• O conhecimento do passado da Igreja pode ajudar a preparar-nos 

para a direção que a Igreja tomará no futuro.

• Conhecer nosso lugar na história ajuda-nos a cumprir nosso 
papel como membros de AIgreja de Jesus Cristo dos Santos dos 
Últimos Dias.