quarta-feira, 10 de julho de 2013

Honrar o Sacerdócio



Élder Russell M. Nelson 
Do Quórum dos Doze Apóstolos
“Honoring the Priesthood” (Honrar o Sacerdócio), Conference Report, abril de 1993, pp. 49–53; ou Ensign, maio de 1993, pp. 38–41


Honrar o sacerdócio
Irmãos, relativamente pouco tem sido escrito sobre o tema do meu discurso.1 Ainda assim, espera-se que cada um de nós tenha um bom conhecimento dele. Estou falando de honrar o sacerdócio.
Esta é A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Aquele que permanece à testa da Igreja restaurada assim ordenou ao sacerdócio:
“Que todo homem, porém, fale em nome de Deus, o Senhor, sim, o Salvador do mundo (…)”.
(D&C 1:20) Impressionante! Ele escolheu honrarnos com o Seu sacerdócio. Assim, nós O honramos honrando o sacerdócio—tanto o seu poder como os seus portadores. Procedendo assim, homens, mulheres e crianças de todo o mundo serão abençoados. Honrar o sacerdócio nutre o respeito, o respeito promove a reverência, e a reverência convida a revelação.2
O Presidente Ezra Taft Benson pediu-nos especificamente que sigamos os apropriados princípios do protocolo do sacerdócio, os quais, observou ele, “muitos de nós temos aprendido por meio de observação enquanto ouvimos nossos superiores hierárquicos”. Ele disse: “O protocolo é uma prática estabelecida há muito tempo, que prescreve completa deferência a (…)
uma ordem de procedimentos corretos”.3 Citarei o Presidente Benson e outros líderes porque, como irão notar, grande parte da minha mensagem referir-se-á a este protocolo. 

Tipos de organização
Há diferenças, tanto nas práticas como na organização, entre a Igreja do Senhor e as instituições humanas. Homens e mulheres podem criar associações entre si e ser governados por normas de aceitação recíproca. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, entretanto, não é uma democracia, nem uma república. É um reino—o reino de Deus na Terra. Sua Igreja é hierárquica, onde a autoridade maior se situa no topo. O Senhor dirige os Seus servos ungidos.
Eles testificam a todo o mundo que Deus tem falado novamente. Os céus foram abertos. Um vínculo vivo foi formado entre os céus e a Terra em nossos dias.
Essa autoridade suprema é apoiada sobre um alicerce seguro que obedece a um padrão de organização estabelecido desde a antigüidade.
Jesus Cristo é a principal pedra de esquina, com apóstolos e profetas, bem como todos os dons, poderes e bênçãos que caracterizaram a Igreja nos dias antigos. (Ver I Coríntios 12:28.) 

Líderes e títulos
Há uma diferença entre os padrões de liderançaespirituais. As organizações humanas são
governadas por oficiais cujos títulos conotam posição ou realizações. Quando nos dirigimos a um oficial militar, juiz, senador, doutor ou professor, mencionamos o seu título. Prestamos a honra devida aos indivíduos que alcançaram tais posições. 
Em contraste, o reino de Deus é governado pela autoridade do sacerdócio, que não é conferido para honra, mas para um ministério de serviço. Os títulos do sacerdócio não foram criados por homens; não existem para ornamento, nem expressam superioridade. Eles descrevem designações de serviço na obra do Senhor. Não somos chamados, apoiados e ordenados por nós mesmos, mas “por profecia e pela imposição de mãos, por quem possua autoridade, para pregar o evangelho e administrar suas ordenanças”. (Quinta Regra de Fé, ver também Hebreus 5:4.)
Os títulos pertencentes ao santo sacerdócio merecem nossa mais elevada consideração e respeito. Cada membro da Primeira Presidência deve ser mencionado e tratado como “Presidente”. (Ver D&C 107:22, 24, 29). O título Presidente também é usado quando nos referimos à presidência de uma estaca ou missão, ou a um presidente de ramo ou quórum do sacerdócio. O título Apóstolo é sagrado. Ele é dado por Deus e pertence somente àqueles que foram chamados e ordenados como “(…) testemunhas especiais do nome de Cristo no mundo todo”. (D&C 107:23)
Um Apóstolo fala em nome daquele a quem representa como testemunha especial. Este título sagrado não é usado como forma de tratamento. 
Preferivelmente devemos usar o título de Élder ou “Irmão” ao nos referirmos a um dos Doze.
O título bispo também se refere a presidência; o bispo é o presidente do Sacerdócio Aarônico da ala e é o sumo sacerdote que preside as organizações da ala. Reverentemente nos referimos a ele como “o bispo”.
Élder é um título sagrado compartilhado por todos os portadores do Sacerdócio de Melquisedeque.

Um conselho abrangente
Permitam que lhes dê um conselho de natureza genérica, inicialmente no que se refere às Autoridades Gerais. Nós os reconhecemos como instrumentos nas mãos do Senhor, mesmo conhecendo sua natureza humana. Eles necessitam de cortes de cabelo, serviços de lavanderia e até de  alguns lembretes ocasionais como qualquer um. 
Certa vez o Presidente Benson nos contou uma história para ilustrar o assunto. Ele disse: “Orson F. Whitney (…) era um homem com um grande poder de concentração. Certo dia, em uma viagem de trem, ele estava tão preocupado que não percebeu o trem passar pela estação onde deveria descer. Assim, teve que pegar uma condução para voltar àquele ponto. Enquanto isso, o presidente de estaca continuava esperando (…) e finalmente chegou à conclusão de que algo devia ter acontecido e que o Irmão Whitney não viria para a reunião, e decidiu começar a conferência. Ao aproximar-se, o Élder Whitney foi saudado pelas palavras do primeiro hino, ‘ó pobres corações, que desgarrados vagais (…)’”4
Honramos esses homens por causa de seu extraordinário chamado. Os seus atos oficiais são válidos na Terra e nos céus. Lembro-me muito bem da primeira vez em que estive com uma das Autoridades Gerais. Foi um sentimento indescritível. Embora eu fosse apenas um menino, imediatamente—quase instintivamente—me levantei. Até hoje me sinto da mesma maneira quando um dos Irmãos entra no recinto. Uma Autoridade Geral é um oráculo de Deus.
Freqüentemente mencionamos as chaves da autoridade do sacerdócio. Quinze homens que vivem hoje—a Primeira Presidência e os Doze— foram ordenados Apóstolos e receberam todas as chaves da autoridade do sacerdócio. O Presidente Gordon B. Hinckley explicou recentemente:
“Somente o Presidente da Igreja tem o direito de exercer a plenitude [dessas chaves]. Ele poderá delegar o direito de exercer várias delas a um ou mais dos seus Irmãos. (…)
Tais prerrogativas foram concedidas pelo Presidente Benson aos seus conselheiros e aos Doze de acordo com as diversas responsabilidades a eles delegadas.”5
Por designação da Primeira Presidência e dos Doze, as Autoridades Gerais conferem as devidas chaves a presidentes de estaca e missão, que por sua vez conferem as chaves requeridas a bispos, presidentes de ramo e de quóruns.
A cada portador do sacerdócio é designado um líder amoroso, porque “(…) minha casa é uma casa de ordem, diz o Senhor Deus, e não uma casa de confusão”. (D&C 132:8)
Esta ordem estabelece também os limites da revelação. O Profeta Joseph Smith ensinou que “é contrário ao sistema de governo de Deus que um membro da Igreja, ou qualquer outra pessoa, receba instruções para alguém cuja autoridade seja maior do que a sua”.6 
O mesmo princípioestabelece que ninguém pode receber revelações para alguém que se encontre fora dos limites definidos da sua responsabilidade.
Honrar o sacerdócio significa também honrar o próprio chamado. Algumas regras que poderão ser úteis:
Aprender a ouvir e aceitar conselhos. Procurar orientação dos líderes constituídos e aceitá-las de boa vontade.
Não falar mal dos líderes da Igreja.
Não ambicionar um chamado ou posição.
Não opinar sobre quem deveria ou não ter sido chamado.
Não recusar uma oportunidade de servir.
Não pedir desobrigação. Informar os líderes sobre a mudança das circunstâncias na vida, certo de que os líderes pesarão todos os fatores quando, em espírito de oração, estiverem decidindo sobre o tempo adequado para a desobrigação.

Aquele que faz um chamado e aquele que o recebe tornam-se igualmente responsáveis. Citarei o Élder James E. Talmage: “Aqueles por meio de quem o chamado veio a um homem (…) são indubitavelmente considerados responsáveis por seus atos como ele é pelos dele; e de cada um será requerida uma detalhada prestação de contas de sua mordomia, um relato completo do seu serviço ou da sua negligência, do uso ou do abuso na administração da confiança nele depositada.”7
Alguns aspectos do sacerdócio não estão vinculados a título ou posição. A autoridade para administrar uma bênção do sacerdócio, por exemplo, depende unicamente de ordenação e dignidade. O Senhor não privaria nenhum de Seus filhos de alguma bênção devido à falta de alguém com um chamado específico. Todo élder na Igreja possui o mesmo sacerdócio que o Presidente da Igreja.
Irmãos, lembrem-se, por favor: O mais alto grau de glória está à sua disposição somente por meio daquela ordem do sacerdócio ligada ao novo e sempiterno convênio do casamento. (Ver D&C 131:1–4.) Portanto, sua prioridade em honrar o sacerdócio consiste em honrar sua companheira eterna. 

Um conselho específico
Agora serei mais específico no aconselhamento. Maridos e pais: com sua querida companheira, moldem as atitudes em seu lar. Estabeleçam um padrão de oração. Orem regularmente e em voz alta por seus líderes do sacerdócio e das organizações auxiliares, locais e gerais. Sua atitude de cortesia em casa e de reverência na capela será copiada pelos membros de sua família. Ajudem os seus entes queridos a seguirem os canais apropriados quando procurarem orientação. Ensinem que o aconselhamento deve ser recebido de pais confiáveis e de líderes locais, e não das Autoridades Gerais. Nas duas últimas décadas, a Primeira Presidência publicou essencialmente a mesma carta seis vezes para reafirmar esta diretriz.
Pais, vocês compreendem o princípio da auto suficiência temporal e procuram prover o armazenamento para um ano, em seu lar. Pensem também na necessidade de armazenamento de recursos espirituais—não apenas para um ano, mas para toda a vida—igualmente guardados no lar. Um pai digno deve ser sempre o primeiro a ter a oportunidade de abençoar os membros de sua família. Com o passar do tempo, os filhos poderão fazer retiradas desse reservatório espiritual, dignos de administrarem às suas próprias famílias e também a seus pais.
Agora para os rapazes que portam o Sacerdócio Aarônico (ou preparatório): Se o honrarem, prepararem-se para cumprir uma missão e estiverem dignos para serem chamados como missionários, eu lhes prometo: Irão então “falar em nome do Senhor Deus” e levar Sua luz para as almas que a procuram. Para elas serão como um anjo ministrador, que será para sempre lembrado com amor. (Ver D&C 13.)
Embora minhas próximas palavras sejam dirigidas aos amados presidentes e bispos, os princípios aplicam-se a todos. Quando aquele que os presidem entrarem em uma reunião que vocês estiverem presidindo, por favor, consultem-no imediatamente, pedindo-lhe instruções. Inteiremse dos seus desejos. Concedam-lhe tempo adequado para transmitir sua mensagem. Uma comovente ilustração foi feita certa vez pelo Élder James E. Faust:
“Fiquei sabendo do pesar sofrido pelos membros de uma estaca deste vale quando sua presidência foi reorganizada. O oficial presidente era um dos apóstolos mais venerados, ímpar em toda a história da Igreja, [Élder] Le Grand Richards, já com mais de 90 anos, porém lúcido e alerta. Durante a conferência, os oradores locais tomaram quase todo o tempo, deixando para o Élder Richards apenas dez ou quinze minutos. O que foi que ele fez? Estendeu o tempo? Não, ele prestou um breve testemunho e encerrou a reunião na hora certa.
Não que os membros da estaca quisessem que a reunião durasse mais do que o tempo regulamentar (…). No entanto, ficaram tristes por seus membros, que teriam outras oportunidades de ouvir os líderes locais, porém poderiam não ter, como na verdade não mais tiveram, a oportunidade de ouvir o seu querido Apóstolo.
Resumindo, os oradores não respeitaram o oficial presidente.”8
Ninguém deverá usar da palavra depois que uma Autoridade Geral houver discursado. Depois que a reunião tiver terminado, presidentes e bispos, permaneçam ao lado de seu líder constituído até serem dispensados. Ele pode sentir-se inspirado a dar alguma instrução ou ensinamento adicional. E vocês poderão também evitar problemas. Por exemplo, se algum membro dirigir a seu líder uma pergunta que não deveria ser feita a ele, vocês estarão lá para responder a ela.
Agora, alguns comentários sobre o sumo conselho da estaca. Ele não tem presidente. Ele não tem autonomia e se reúne, mesmo quando dividido em comitês, a chamado e sob a direção da presidência da estaca. Ainda que os membros do sumo conselho possam assentar-se na ordem dos seus chamados para o conselho, nenhum deles tem ascendência sobre outro.
Em contraste, a ascendência é honrada entre os apóstolos ordenados—até mesmo ao entrar ou sair de uma sala. O Presidente Benson relatou-nos o seguinte:
“Há alguns [anos], o Élder Haight concedeu uma deferência especial ao Presidente Romney na sala superior do templo. O Presidente Romney estava-se demorando por alguma razão, e [Élder Haight] não queria precedê-lo na saída. Quando o Presidente Romney fez sinal para que [ele] saísse, o Élder Haight respondeu, ‘Não, Presidente, o senhor primeiro’.
Bem-humorado, o Presidente Romney respondeu, “O que há, David? Está com medo que eu roube alguma coisa?’”9
Esta deferência de um apóstolo júnior para com um sênior está registrada no Novo Testamento. Quando Simão Pedro e João, o amado, correram para investigar a informação de que o corpo do Senhor crucificado fora levado do sepulcro, João, sendo mais jovem e mais ágil, chegou primeiro, porém não entrou. Ele esperou o apóstolo mais antigo entrar primeiro. (Ver João 20:2–6.) A ascendência no apostolado tem sido há muito tempo o meio pelo qual o Senhor seleciona o Seu Sumo Sacerdote presidente.

Repreensão e arrependimento
Irmãos, estas questões são importantes. Há mais de um século e meio, o Senhor repreendeu severamente o Seu povo. Estas são as palavras:
“Em verdade, a condenação paira sobre vós, que fostes estabelecidos para conduzir a minha Igreja (…) e também sobre a Igreja; e é necessário que haja arrependimento e mudança entre vós, em todas as coisas, nos vossos exemplos diante da Igreja e perante o mundo, em todos os vossos modos, hábitos e costumes, e a maneira de vos saudardes; dando a cada um o respeito devido ao ofício, chamado e sacerdócio para os quais eu, o Senhor, vos indiquei e ordenei.”10
Se algum de nós também for culpado de tratar com leviandade estas coisas sagradas, que se arrependa e se decida honrar o sacerdócio e aqueles a quem o Senhor tem confiado Suas chaves.
Irmãos, proclamamos a toda a humanidade estas verdades eternas: “O Sacerdócio de Melquisedeque tem o direito de presidir, e tem poder e autoridade sobre todos os ofícios da igreja em todas as épocas do mundo (…)”. (D&C 107:8) 
Este poder possui “(…) as chaves de todas as bênçãos espirituais da igreja”. (D&C 107:18) Que possamos honrar integralmente este sacerdócio, eu oro em nome de Jesus Cristo, amém.



Notas
1. Talvez o leitor deseje consultar James E. Talmage, “The Honor and Dignity of Priesthood”, reproduzido por James R. Clark em Messages of the First Presidency, 6 volumes. (Salt Lake City: Bookcraft, 1965–1975), 4:305–309.
2. O Presidente George Q. Cannon disse: 
“[Honrar o Presidente da Igreja] nos motivará a nos achegarmos ao Pai e a vivermos de modo a receber Suas revelações para nós mesmos, para que o conhecimento que vem do Espírito esteja em nosso coração, para que a voz do verdadeiro Pastor seja conhecida por nossos ouvidos, para que quando a ouvirmos possamos reconhecê-la (…). 
Este é o privilégio dos santos dos últimos dias, e qualquer pessoa desta Igreja que não viver de modo a desfrutar este privilégio permanece muito aquém do que poderia ser”. (Journal of Discourses, 19:110)
3. “The Unique Commission of a General Authorityl”, (Reunião de Treinamento de Autoridades Gerais, 2 de outubro de 1985, p.5.)
4. “Comission”, p.1.
5. Conference Report, outubro de 1992, p. 77; ou Ensign, novembro de 1992, p. 54.
6. Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, comp. Por Joseph Fielding Smith, p. 23.
7. Messages of the First Presidency, 4:306.
8. James E. Faust, “Um Setenta É uma Autoridade Geral”, Sessão Especial de Treinamento para os Setenta, 29 de setembro de 1987, p. 4.
9. “Commission”, p. 9.
10. History of the Church, 2:177.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Curso Princípios de Liderança - Lição 1: Líderes e Nosso Potencial Divino



Élder Vaughn J. Featherstone

Dos Setenta
Trechos de The Incomparable Christ: Our Master and Model, 1995, pp. 106–108, 110–111, 113–116, 119–120, 123–125, 128–132









[O capitão Morôni terminou sua carta a Amoron, dizendo]: “Agora encerro minha epístola. Eu sou Morôni; eu sou um chefe”. [Alma 54:14; grifo do autor.]
Em meu Livro de Mórmon, escrevi o seguinte na margem da página: “Nunca foram proferidas palavras mais verdadeiras do que quando Morôni declarou: ‘Eu sou um chefe’”. Que grande líder ele foi!
Muitos anos depois, Morôni foi descrito assim: 
“Se todos os homens tivessem sido e fossem e pudessem sempre ser como Morôni, eis que os próprios poderes do inferno teriam sido abalados para sempre; sim, o diabo nunca teria poder sobre o coração dos filhos dos homens”. (Alma 48:17) 
Quando Morôni era o comandante geral dos exércitos nefitas:
“Rasgou sua túnica e, pegando um pedaço 
dela, nele escreveu: Em lembrança de nosso Deus,
nossa religião e nossa liberdade e nossa paz, nossas esposas e nossos filhos—e amarrou-o na ponta de um mastro. 
E ele colocou seu capacete e sua couraça e seus escudos e cingiu os lombos com sua armadura; e pegou o mastro em cuja ponta se 
achava a túnica rasgada (a que ele chamou estandarte da liberdade); e inclinou-se até o solo e orou fervorosamente a seu Deus, a fim de que as bênçãos da liberdade repousassem sobre seus irmãos enquanto restasse um grupo de cristãos para habitar a terra.” (Alma 46:12–13)
Não havia dúvida alguma na mente de Morôni de que ele era o líder. Ele conhecia seu papel e estava determinado a cumpri-lo. Ele se colocou na direção certa com toda a sua alma. Ele pôs sua fé em prática por meio de ações e ajoelhando-se em oração, e não tinha vergonha de fazer essas coisas em público.
Morôni era um líder destemido com um espírito indômito. Seu coração e alma estavam dedicados a uma causa maior do que ele mesmo; e ele não tinha uma partícula sequer de medo. Sempre que lemos sobre o capitão Morôni, sinto um fogo arder na medula de meus ossos. O que vocês dariam para lutar lado a lado com um homem assim?
Sempre haverá homens, mulheres e jovens que serão atraídos para uma causa se tiverem um líder; contudo, é difícil para Deus ou qualquer organização usar um líder relutante. (…)
Estou certo de que Morôni não sabia realmente quão grandioso ele era. Duvido que tenha estudado princípios de liderança num livro popular ou num seminário muito dispendioso. Simplesmente havia uma grande necessidade, e Morôni, com toda a pureza e confiança, deu um passo à frente e permitiu que o Senhor o usasse.
Na Igreja, todos somos líderes e seguidores. A Igreja é organizada de tal forma que mesmo o menor dentre nós lidera durante sua vida. Essa liderança pode assumir a forma de algumas famílias para ensinar como mestre familiar, ou pode ser um chamado na estaca, região ou na mesma área; pode ser uma classe das Moças, ou pode abranger todas as moças da Igreja. (…)
O Presidente Harold B. Lee sugeriu que somente quando nos colocamos totalmente à disposição podemos tornar-nos discípulos dignos de Cristo. É interessante notar que a falta de confiança em si mesmo ou os sentimentos de indignidade não entram em conflito com esse pensamento. Tanto Moisés quanto Enoque eram “lentos no falar” e ficaram admirados com seu chamado. Podemos sentir-nos inadequados, mas quando temos um trabalho a fazer, alguém precisa dar um passo à frente e fazê-lo.
A quarta seção de Doutrina e Convênios declara: “Se tendes desejo de servir a Deus, sois chamados ao trabalho”. (Versículo 3) (…)
Todos os que se dispõem a trabalhar e têm desejo de servir são chamados para liderar. Isso faz parte do plano do evangelho. (…)
O líder precisa ser capaz de ter uma visão do trabalho. (…)
“Não havendo profecia [visão], o povo perece”, tampouco realiza o trabalho. (Provérbios 29:18)
Não têm o desejo de trabalhar e inevitavelmente acabam atrapalhando em vez de ajudar. De modo semelhante, o líder sem visão limita drasticamente a sua eficácia. (…)
Já que a visão é tão importante, como é que a adquirimos? Aqueles que possuem visão têm muitas coisas em comum:
• Eles vêem o trabalho por inteiro.
• Eles visualizam o que precisa acontecer para alcançar os resultados desejados.
• Eles pensam em todos os seus recursos, potenciais e capacidade como um todo.
• Eles vêem dentro de sua mente que coisas maravilhosas e magníficas poderiam acontecer se toda a força de trabalho fosse mobilizada em conjunto.
• Eles se põem a trabalhar para atingirem seu objetivo.
• Eles têm a capacidade de transmitir sua visão aos que estão a seu redor de modo convincente, de modo que os outros também adotem essa visão.
• Eles vêem o que estão fazendo como uma causa, e não um projeto.
• Os líderes religiosos sentem a “mão divina” auxiliando seu trabalho. (…)
Imaginem comigo a magnitude da causa na qual estamos engajados. Recebemos as chaves, o sacerdócio e o programa da maior causa em toda a eternidade. Somente nós, de todos os filhos de Deus, possuímos as chaves do conhecimento da salvação e exaltação. (…)
A causa é maior do que os homens ou os profetas. É a causa do Salvador. É a causa de Deus, o Pai Eterno. Quando adotamos Sua causa e perseveramos fielmente, tornamo-nos portadores de tudo que ensinamos e compartilhamos. Um versículo que cito muito freqüentemente, às vezes sem pensar muito, é:
“Esta é minha obra e minha glória: Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem”. (Moisés 1:39) Imaginem uma causa que tenha implicações e conseqüências eternas, uma causa tão grandiosa que toda a eternidade depende de nossa aceitação ou rejeição dela. Não compreendemos bem que magnífico privilégio é abraçar plenamente essa causa. (…)
Um quórum ou classe pode ter uma causa: o trabalho missionário, atividades de bem-estar, ativação de todos os membros do quórum, a preparação para o templo, os laços de irmandade (união) e dezenas de outros. Quando estamos envolvidos de modo unido, alcançamos resultados com os quais mal ousamos sonhar.
As coisas que mais amo têm a capacidade de tornarem-se causas verdadeiramente grandiosas.
A família, a religião, o país, os direitos, liberdade, arbítrio e trabalho—a maioria de nós considera essas coisas muito preciosas. (…)
A causa a que nos entregamos precisa ser real e de grande valor; não pode ser inventada. O Senhor nos oferece muitas causas individuais, como o batismo na única Igreja verdadeira, os selamentos no templo, o relacionamento familiar eterno, o trabalho missionário, o cuidado dos necessitados e nosso próprio senso de destino com o potencial de exaltação. (…)
(…)O líder precisa ser um exemplo. (…) O exemplo está em tudo que fazemos. Nisso o líder é constante. Ele não pode ter um nível de caráter no campo de batalha e outro quando está sozinho. (…)
Esta é a obra do Senhor. Ela precisa seguir adiante. O Senhor concede talentos a homens e mulheres, e esses talentos e capacidade de liderança devem ser colocados em prática onde possam proporcionar os maiores resultados. (…)
Os líderes sempre concluem seu trabalho. Eles elevam as pessoas a seu redor. (…)
Devemos orar por líderes espirituais que elevem e motivem as pessoas, que aumentem o nível de atividade e desempenho. (…)
Descobriremos que aqueles que deixam a mais profunda impressão em nossa vida são os que usam seu papel de liderança para servir. Aqueles que são egoístas, arrogantes ou orgulhosos não gostam de servir mas são rápidos em tomar o poder. Adoram o controle, o domínio e a obediência compulsória. (…)
A liderança de serviço é baseada num profundo respeito pelos filhos dos homens. Exige um caráter de liderança que não despreza, avilta ou faz com que os liderados se sintam inferiores. A liderança de serviço eleva, abençoa e transforma vidas de maneira positiva. (…)
Os líderes-servos exercem as seguintes características e práticas no desempenho de seu papel. Eles:
• Compreendem o valor de cada alma humana.
• Têm um senso inato ou desenvolvido de preocupação pelas pessoas.
• São rápidos em apresentar-se como voluntários para aliviar a pressão sobre outras pessoas.
• Correm ao auxílio de alguém que está passando por uma situação embaraçosa ou humilhante.
• Tratam todas as pessoas em base de igualdade.
• Não consideram as tarefas que esperam que os outros façam rebaixantes para si mesmos.
• Não se ofendem com as perturbações causadas por pessoas que estão sofrendo traumas ou estresse emocionais.
• Esperam mais de si mesmos do que de qualquer outra pessoa.
• São rápidos em cumprimentar, dar crédito e edificar aqueles que realizam uma tarefa designada.
• Julgam as pessoas por seu potencial, e não necessariamente por uma única experiência negativa.
• Não tomam para si o crédito das realizações de outra pessoa e gostam de dividir o crédito de suas próprias realizações.
• Procuram conhecer os fatos antes de apontar defeitos ou criticar outras pessoas.
• Ajudam todas as pessoas a sentirem que fazem uma parte real no sucesso de um projeto.
• Detestam brincadeiras ou declarações que humilhem ou chamem a atenção para uma alma.
• Sempre criticam construtivamente em particular e cumprimentam em público.
• São absolutamente honestas em seu trabalho.
• São igualmente justos com todos os que estão sob sua direção.
• Estão sempre dispostos a ouvir os dois lados de uma questão, discussão ou disputa. Sabem que sempre existe o outro lado da moeda. (…)
• São acessíveis a todos, não apenas aos que ocupam um cargo importante ou detenham o poder.
Os verdadeiros líderes-servos não precisam de uma lista de verificação para suas qualidades de caráter, porque as vivem todos os dias. (…)
Os líderes servos também compreendem que cada pessoa é única e especial. Há vários anos, lembro-me de ter ouvido a lenda grega de Procrustes. A lenda é chamada de a “Cama de Procrustes”. Ela tinha 1,80 m de comprimento. Aqueles que não tinham essa estatura eram esticados para se adequarem ao tamanho da cama. Aqueles que tinham mais de 1,80 m sofriam a amputação dos centímetros excedentes. Todos precisavam se adequar à cama de Procrustes. Felizmente não é essa a maneira do Senhor ou de Seu reino. Ele sempre chamou homens e mulheres incomuns que tinham grande integridade, ambição, disciplina e fé em Cristo. Nem todos se encaixam ao mesmo tamanho de cama, e nem ao mesmo chamado.
Nem todos estarão, nem deveríam estar, ocupando o cargo mais elevado da ala, estaca ou da Igreja em geral, mas todos podem fazer suas contribuições máximas como líder servo num chamado ou situação particular. E isso é tudo que o Salvador espera de nós: o melhor de nós, sejamos quem formos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A TRINDADE

Apesar do que o mundo diz, nós, os Santos dos Últimos dias, somos cristãos!

A primeira de nossas treze Regras de Fé diz: 
CREMOS em Deus, o Pai Eterno, e em Seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo. (Regras de Fé 1:1)

O filme que adicionei no começo deste artigo mostra uma passagem das escrituras onde podemos ver a manifestação dos três membros da Trindade.
Jesus Cristo acaba de Ser Batizado por João Batista; o espírito Santo desce em forma de pomba e a voz de Deus O Pai é ouvida proclamando a divindade do Cristo.
A base doutrinaria de nossa fé na Trindade esta nos versículos 22 e 23 de Doutrina e Convênios seção 130. 


22. O Pai tem um corpo de carne e ossos tão tangível como o do homem; o Filho também; mas o Espírito Santo não tem um corpo de carne e ossos, mas é um personagem de Espírito. Se assim não fora, o Espírito Santo não poderia habitar em nós.
  23. Um homem pode receber o Espírito Santo e esse pode descer sobre ele e não permanecer com ele.(D&C 130:22-23




Estes passagem faz parte  das instruções dadas por Joseph Smith, em 02 de abril de 1843 e é uma escritura para os Santos dos Últimos Dias (Cabeçalho de D&C 130)

Se eu fosse professor dos jovens eu lhes perguntaria que diferença faz, em suas vidas, crer na Trindade.
Como esta crença (?) crença não, como este conhecimento pode ajudar cada u de nós a ser melhor?
Como podemos ajudar nossos amigos membros a aprender mais sobre a Trindade?
Como podemos ajudar nossos amigos não membros a compreender melhor a Trindade?



11 Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido.
12 Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam.
13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?
15 E como pregarão, se não forem enviados? assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas!
16 Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem?
17 Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.(Romanos 10)